A última Reunião de Câmara ordinária, além da aprovação do Plano e Orçamento de 2019, ficou marcada pela aprovação de uma alteração à estrutura orgânica do Município. Da alteração efetuada, saltou à vista da oposição a suposta extinção da Divisão de Juventude e Associativismo.
Digo suposta, porque verdadeiramente não se pode acabar com algo que não existia. E expliquemos. A estrutura orgânica do Município possui um Departamento que ao longo dos últimos anos, entre algumas variações, foi ficando como sendo da Cultura, Turismo e Juventude, incluindo-se nas suas dependências também o Desporto e o Associativismo.
A esta estrutura corresponde um Mapa de Pessoal e atribuições das diferentes unidades orgânicas. Do ponto de vista do Mapa de Pessoal, estamos hoje exatamente na mesma no que a funcionários unicamente adstritos à área do Associativismo e Juventude diz respeito. Em termos de atribuições, também. Com a diferença de que as atribuições do Associativismo se mantêm na divisão em que estavam, e as da Juventude migram para uma Divisão de Intervenção Social e Educação.
Acima de todas estas estruturas e atribuições, estão os pelouros adstritos aos vereadores, e as linhas políticas orientadoras que os mesmos, e o Presidente da Câmara, ditam. A Juventude, tal como a Cultura, a Educação, entre outros, está na dependência da Vice-Presidente Adelina Pinto.
Cabe toda esta explicação inicial, menos apelativa que um título bombástico sobre o fim da geração, para explicar o engano a que PSD e JSD tentaram levar todos os vimaranenses na passada semana.
O problema é que a realidade bate de frente com as tentativas menos bem conseguidas de iludir. Há anos que o Município mantém o seu discurso inalterado. As políticas de juventude são abordadas de forma transversal e, neste caso mais recentemente, como um dos fatores prioritários na definição das opções das diferentes áreas.
É nesta linha que o programa eleitoral do PS, sufragado por larga maioria de vimaranenses, continha na sua área de juventude um Gabinete da Juventude da Câmara Municipal de Guimarães. Não uma estrutura orgânica e formal, mas como organismo vivo que ouça os jovens e defenda os seus interesses juntos dos diferentes agentes políticos e departamentos do município. Um ponto de encontro de jovens e um motor na procura das soluções que mais se adequem à sua realidade.
Será isso que acontecerá a breve trecho, com sede bem no centro geográfico da cidade e no centro das prioridades políticas do Município. Para lamento de alguns, mas para cumprimento do compromisso assumido com tantos.